Os tipos com maior incidência de diabetes são o tipo I (condição crônica em que o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, por causa de um defeito no sistema imunológico). No tipo II, a enfermidade afeta a forma como o corpo processa a taxa de açúcar no sangue. Por fim, o diabetes gestacional ocorre quando a grávida tem as suas funções afetadas pela elevação da glicose.
A gênese do diabetes, como se pode ver, apresenta motivos múltiplos, sempre relacionados à produção de insulina, hormônio responsável pelo controle da glicemia (taxa de açúcar na corrente sanguínea). Com a produção deficiente, a glicose se acumula no sangue, nos músculos estriados e na urina, com prejuízo, no médio ou longo prazo, para os sistemas circulatório, músculo-esquelético e excretor. A doença também causa feridas de difícil cicatrização e problemas oculares.
A ocorrência do diabetes é causada pela resistência à insulina (ou pela sua ausência/carência). O diabetes tipo 1 é responsável por 5% a 10% dos casos deste distúrbio metabólico. O diabetes tipo 2 é o mais comum, afetando até 90% dos portadores da doença.
Felizmente, muitos remédios naturais podem controlar o diabetes. O importante é manter o médico que acompanha o tratamento sempre informado, porque algumas substâncias, como folhas e flores, podem prejudicar o mecanismo dos medicamentos que estão sendo ministrados.
Especial Diabetes:
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Remédios naturais para controlar o diabetes
Cravo-da-índia
O cravo-da-índia é muito conhecido na culinária brasileira, principalmente no preparo de doces. Na verdade, ele figura entre as especiarias trazidas das Índias por mercadores europeus a partir do século XIV. Antes disto, porém, comerciantes árabes vendiam os cravinhos aromáticos para várias partes do Império Romano.
Como remédio natural para controlar o diabetes, o cravo-da-índia é rico em antioxidantes – polifenóis, quercetinas e antocianinas. As propriedades se concentram especialmente no óleo essencial da especiaria, que pode ser consumida como chá (triture cinco ou seis pauzinhos e deixe em infusão por alguns instantes: a bebida pode ser servida cinco minutos depois de o fogo ser desligado).
Canela
Muito famosa por polvilhar os bolinhos de chuva feitos pelas nossas avós, a canela apresenta uma série de benefícios terapêuticos, inclusive como coadjuvante do tratamento do diabetes tipo II, que se desenvolve ao longo dos anos e, durante muito tempo, não apresenta sintomas claros.
Além de regular os níveis de glicose no sangue, a canela é útil também para reduzir a pressão arterial, minimizando os riscos de hipertensão, uma das intercorrências mais comuns do diabetes. Seis gramas diários da especiaria em pó (uma colher de chá) são suficientes. O pó pode ser usado diluído em um copo pequeno (200 ml) de leite ou em um mingau de aveia, por exemplo. Os pauzinhos podem ser fervidos e consumidos na forma de chá.
Maracujá
Esta fruta sul-americana é muito apreciada in natura, em sucos, mousses, etc. No entanto, o “fruto que se come na cuia” (esta é a tradução para o português do termo tupi mara kuya) possui outras propriedades: o maracujá é rico em vitaminas A, C e do complexo B, apresenta boa quantidade de minerais (ferro, sódio, cálcio e fósforo) e é muito consumido em função das suas propriedades sedativas e relaxantes.
Para controlar o diabetes, no entanto, o ingrediente não está nas sementes nem na polpa, mas na parte branca da casca. Corte alguns maracujás, retire todo o miolo e coloque as cascas para secar no forno, sem deixar que queimem. Descarte a parte externa (amarela) e triture a parte branca no liquidificador. Duas colheres (sopa) diárias são suficientes para controlar o diabetes. O pó é praticamente sem sabor e pode ser acrescentado a sucos ou polvilhado em saladas e sopas.
Sumo de noni
O noni é uma fruta nativa da Ásia meridional, ilhas do Pacífico e, mais recentemente, foi introduzida na República Dominicana e Porto Rico (região do Caribe). É possível encontrar folhas e frutas (in natura e secas) de noni em lojas de produtos fitoterápicos e muitos sites comercializam o vegetal.
O noni exala forte cheiro ao ser colhido, motivo por que também é conhecido como “fruta de queijo” e “fruta de vômito”. No Brasil, no entanto, só são encontrados produtos processados e, desta forma, este “efeito colateral” é neutralizado.
A fruta começou a fazer sucesso como importante auxiliar para o emagrecimento. Os benefícios como remédio natural para controlar o diabetes surgiram posteriormente. É preciso, porém, ter perseverança e tomar o suco diariamente, até que os níveis de glicose no tratamento estejam sob controle.
Stévia
Trata-se de um arbusto nativo do Paraguai e do Brasil (regiões Sudeste e Centro-Oeste). A stevia é parente do crisântemo. Largamente utilizada como adoçante natural desde a década de 1970 (in natura, ela é dez a 15 vezes mais doce que o açúcar refinado; na forma industrializada, que se apresenta como um pó branco, a stévia supera em 70 a 400 vezes a capacidade dos adoçantes sintéticos).
Mais recentemente foram descobertos os efeitos terapêuticos das flores e folhas. A stévia não contém calorias, não é tóxica (e inclusive inibe a formação da placa bacteriana, causadora de cáries), não contém ingredientes artificiais e pode reduzir a taxa de açúcar no sangue. Os interessados em controlar o diabetes com este vegetal podem adoçar sucos e chás com a stévia, além de utilizá-la como substituto do açúcar refinado em receitas de bolos, tortas, mousses, etc.
Além disto, o consumo regular de outros remédios naturais para controlar o diabetes é de fundamental importância para manter a saúde e a qualidade de vida. Veja alguns com efeitos já comprovados cientificamente:
• chá verde – consuma quatro xícaras diariamente, sem apelar para as composições (chá verde com camomila ou com maracujá, por exemplo);
• alimentos hipoglicemiantes – farelo de aveia, frutas secas (castanhas, nozes, amêndoas e avelãs), mirtilo, gérmen de trigo e abacate apresentam a propriedade de reduzir naturalmente o teor de açúcar no sangue, sem prejudicar o fornecimento energético para as células (nossos “motores” funcionam com uma combinação de glicose e oxigênio).
O uso destes remédios naturais para controlar o diabetes deve ser acompanhado por dieta rigorosa (pobre em carboidratos), exercícios físicos e redução do estresse. De acordo com alguns estudos, com a redução dos níveis de glicose no sangue, é possível eliminar em até 83% o uso de medicamentos alopatas.
Para obter resultados ainda mais consistentes e duradouros, vale a pena seguir os conselhos do médico brasileiro Patrick Rocha, presidente do Instituto Nacional de Estudos da Obesidade e Doenças Crônicas, é autor do programa “Diabetes Controlada”, já citado algumas vezes por aqui.
Veja o vídeo da reportagem sobre o Diabetes controlada
Tome cuidado!
Existem profissionais médicos mal formados – ou mesmo sem formação específica no diagnóstico de doenças metabólicas, como é o caso do diabetes – que, para disfarçarem a falta de conhecimentos, abusam dos termos técnicos. Falando para um leigo, um profissional de medicina deve usar linguagem simples, visando esclarecer os pacientes – e não provocar mais dúvidas.
Os resultados de exames realizados em laboratórios de análises clínicas são importantes e representam um grande avanço da Medicina. Um médico, no entanto, aprende desde cedo que um exame deve ser solicitado apenas quando representar um benefício para o pacientes. O excesso pode inclusive gerar efeitos colaterais indesejados.
Só podem ser considerados especialistas os médicos que tiverem concluído com êxito a residência médica (clínica e cirúrgica), que demanda pelo menos quatro anos de dedicação. Sem isto, são apenas médicos generalistas, que não podem, por exemplo, se apresentar como endocrinologistas.