São diversas as variedades de quiabo oferecidas no mercado. Todas elas trazem benefícios à saúde. O quiabo-alecrim é verde amarelado, com frutas alongadas e curvadas na ponta. O quiabo-amarelinho é o que apresenta a maior durabilidade depois de colhido. O quiabo-campinas é polpudo e não apresenta pelos. O chifre-de-veado é liso e polpudo. O veludo-verde, de cor verde intensa, é curto e polpudo. O veludo-branco é verde-claro, comprido e delgado. Por fim, o santa-cruz, muito consumido no Rio de Janeiro e em São Paulo, é brilhante, polpudo, comprido e liso.
Algumas receitas tradicionais da culinária brasileira têm o quiabo como ingrediente. É o caso, por exemplo, do frango com quiabo e do caruru, o prato preferido dos erês (espíritos infantis), dedicado, no Candomblé, aos santos Cosme e Damião.
As propriedades nutritivas do quiabo
O quiabo é rico em vitaminas A, B1, B2 e C, além de ser fonte de sais minerais, proteínas e fibras. A baba do quiabo, desprezada por muitos cozinheiros, é rica em fibras (em especial, a pectina) e, para os diabéticos ou para quem quer emagrecer, ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue e prolonga a sensação de saciedade.
Um estudo realizado por pesquisadores da UNICAMP (Universidade de Campinas, SP), indica que o quiabo traz benefícios especialmente para atenuar as complicações do diabetes. O consumo regular fortalece o sistema excretor e o fígado, além de regularizar os níveis de colesterol, baixando o LDL (o colesterol ruim, responsável por diversas doenças cardiovasculares).
A fruta responde por diversos benefícios à saúde:
• o quiabo auxilia o desenvolvimento cerebral dos fetos. As grávidas devem consumi-lo ao menos uma vez por semana;
• a vitamina C e as fibras do quiabo são benéficas para a pele. A fruta é um verdadeiro restaurador dos tecidos epiteliais. O quiabo garante a reversão da psoríase, evita a pigmentação excessiva da pele e reduz as espinhas;
• a menorragia (menstruação excessiva, com duração de mais de sete dias ou perda de mais de 80 ml de sangue) pode ser controlada com a ingestão regular do quiabo. A fruta também é útil para o combate à disúria (ardência, desconforto ou dor ao urinar) e a doenças venéreas, como a sífilis e a gonorreia;
• o quiabo pode auxiliar os asmáticos. Sendo boa fonte de vitamina C, a fruta tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias;
• a vitamina C, aliada ao cálcio, ferro, magnésio e manganês presentes no quiabo, combate o excesso de radicais livres e fortalece o sistema imunológico, reduzindo a frequência de inflamações e infecções;
• o triptofano, proteína que precede a serotonina (neurotransmissor associado ao bem-estar e ao prazer), está presente no quiabo. A fonte principal são as sementes, que não devem ser desprezadas no cozimento. Além das proteínas, elas são ricas em óleos vegetais e enxofre, que responde pela oxigenação cerebral, pela secreção biliar, pela construção dos tecidos epiteliais e musculares, pelo metabolismo de carboidratos e pelo transporte de outros sais no organismo;
• o quiabo é um excelente condicionador para os cabelos. Combate a caspa, o couro cabeludo seco ou irritado e dá brilho aos cabelos.
Além disto, o quiabo é útil para tratar casos de insolação, melhora a astenia (fraqueza corporal), alivia a prisão de ventre, reduz o inchaço abdominal e apresenta leves propriedades laxantes. A fruta é rica em probióticos (experimente cozinhar o quiabo com as flores, principal fonte dos micro-organismos), que fortalecem a flora intestinal.
Quiabo e diabetes
A água do quiabo não cura diabetes, apesar da grande divulgação, na imprensa, deste pretenso potencial. No entanto, a receita (um quiabo com as extremidades cortadas imerso em um copo de 200 ml de água) ajuda a controlar a glicemia (teor de glicose na corrente sanguínea).
Os medicamentos receitados, porém, não devem ser deixados de lado. A ingestão de quiabo garante ao organismo uma boa fonte de fibras – e o consumo de fibras solúveis e insolúveis reduz a absorção de carboidratos, que são eliminados com as fezes – isto reduz o consumo de açúcares e, desta forma, os índices glicêmicos sobem menos.