Trata-se de uma substância bastante simples: é apenas H2O com 35 miligramas de sais (na maior parte, cloreto de sódio, mas há também sais de enxofre, magnésio, cálcio e potássio). O segredo dos benefícios da água do mar para a saúde está na combinação de sal, sol e água. A água do mar não é uniforme: o menor teor de sal está no golfo da Finlândia (na fronteira deste país com a Rússia) e o maior, no mar morto, entre Israel e a Jordânia.
A salinidade do mar Morto é impressionante. Em alguns pontos, o teor é de 300 gramas de sais por litro de água, quando a média mundial é de apenas 30 gramas. Quem quiser conhecer este acidente geográfico do Oriente Médio, no entanto, precisa se apressar: as águas estão evaporando numa velocidade de 160 centímetros por ano, principalmente em função das poucas fontes. A principal delas é o histórico e bíblico rio Jordão.
Explicações técnicas
A explicação surgiu no século XVIII. Edmond Halley (o mesmo que descobriu o cometa que leva o seu nome e visita a Terra a cada 75 ou 76 anos; a próxima passagem será em 2061) propôs que sais e outros minerais eram levados para o mar pelos rios. A evaporação da água tornaria os oceanos mais salgados. A explicação, no entanto, não era completa.
O sódio foi sugado do fundo do oceano quando ele se formou. Os nomes dos oceanos, no entanto, são bem mais recentes: Ártico deriva do grego arctos, que significa “urso”. Este mar está situado no polo Norte, exatamente abaixo da constelação da Ursa Menor. “Antártico” é simplesmente o oposto de “Ártico”.
As constelações são apenas reuniões aleatórias de estrelas: não significa que elas estejam próximas, apenas brilham de forma semelhante. Mesmo assim, elas são usadas como pontos de referência para navegantes. O Brasil, por exemplo, está na direção do Cruzeiro do Sul.
As cinco estrelas da “Crux”, uma das 88 constelações admitidas pela União Astronômica Internacional (UI). As principais estrelas da constelação estão na bandeira do Brasil, representando a Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
O oceano Pacífico tem este nome em função das águas tranquilas. O Atlântico, batizado há séculos, deve o seu nome ao titã Atlas: na guerra entre os deuses olímpicos e os titãs, estes últimos levaram a pior e o castigo de Atlas foi suportar o céu (o firmamento).
Por sorte, alguns séculos depois, o herói Hércules o libertou e implantou as “colunas de Hércules”, um aparato no estreito de Gibraltar, entre o Mediterrâneo e o Atlântico, na época consideradas como “o fim do mundo”.
Os benefícios da água do mar para a saúde
O relaxamento é imediato: basta entrarmos na água do mar para os músculos se descontraírem (é preciso cuidado, porque, em algumas praias, a corrente marítima pode ser bastante forte). Além do alívio da ansiedade, porém, os benefícios são mais poderosos.
Os antigos egípcios já faziam excursões ao mar Vermelho (entre o Egito e a península do Sinai, um candidato a novo oceano, inundando toda a península). A talassoterapia é a ciência e arte que estuda os benefícios da água do mar para a saúde, combinando a água e o ar marinhos com outros elementos, como areia, lama e algas.
As defesas imunológicas do nosso organismo são fortalecidas pelo contato com a água do mar. A temperatura nas regiões tropicais costeiras, entre 32°C e 36°C, favorece a absorção de oligoementos pela pele.
Estas substâncias são fundamentais para a vida e se degradam com alguns hábitos da vida moderna, como o sedentarismo, tabagismo, pouco tempo dedicado ao repouso noturno, excesso de cafeína e o estresse ampliado pela correria do dia a dia.
Ir à praia não é uma excursão para bronzear a pele. A brisa do mar relaxa, enquanto as caminhadas na areia exigem um esforço muscular superior, tornando-se, desta forma, uma excelente forma de exercício físico. Tudo isto em um dia no litoral com os parentes e amigos.
Mais benefícios do mar
O mar também tem efeitos analgésicos, sendo indicado para pessoas com cores musculares, articulares, reumáticas, vertebrais, circulatórias e pós-traumáticas.
Com relação à corrente sanguínea, os sais fornecidos pelos banhos de mar fortalecem todo o sistema circulatório (inclusive o coração), especialmente quando tomados com regularidade. As hemácias em circulação chegam a aumentar de 5% a 20% depois de alguns mergulhos.
Os músculos são beneficiados pela água do mar e pela areia da praia. Ambas exigem maior resistência para a movimentação, mesmo que seja um simples passeio com água pelo joelho. O benefício de estende aos tendões e articulações.
Os atletas podem experimentar corridas e caminhadas na areia fofa, mais próxima ao calçadão e quase sempre evitada pelos demais banhistas. Já as pessoas obesas ou com sobrepeso podem fazer cargas de exercícios mais intensas dentro da água.
Os íons de sódio e o iodo presentes na água do mar favorecem os processos de cicatrização, por apresentarem ação antisséptica. O iodo é útil também para fortalecer a tireoide, glândula que regula o metabolismo. Os benefícios podem ser obtidos inclusive por pacientes no período pós-cirúrgico, depois da autorização médica. Mesmo assim, é importante higienizar o corpo depois do banho, para retirar o excesso de sal, que pode até mesmo provocar queimaduras.
A água do mar fortalece o sistema de defesa e fortalece o organismo contra micro-organismos como bactérias, fungos e vírus. O cloreto do sódio melhora o funcionamento dos glóbulos brancos do sangue, como leucócitos e linfócitos.
Quem tem problemas dermatológicos, como a psoríase, descamações (inclusive a caspa) e reações alérgicas cutâneas também pode se beneficiar melhoras sensíveis com os banhos de mar. Ao agir como esfoliante, a água retira as células mortas da pele e reduz as comichões.