Atire a primeira pedra quem nunca se excedeu em uma refeição: um pedaço de pizza ou uma fatia de bolo a mais, “só mais um pouquinho” de feijoada, lasanha ou churrasco, e o estrago está feito. Na verdade, todo excesso é prejudicial à saúde e à aparência. Felizmente, existem alimentos que podem ser usados para desintoxicar.
Não há nada de errado em ignorar pontualmente a dieta. Com alimentação balanceada, prática de exercício e cultivo de bons hábitos com os amigos e a família, tudo volta ao normal em poucos dias. Em algumas situações, no entanto, determinados sintomas desagradáveis podem acompanhar a intoxicação e o excesso de impurezas no organismo.
Os petiscos extras podem provocar inchaço, retenção de líquidos, falta de apetite e, em casos mais graves, náuseas, vômitos e diarreias. Quando isto acontece com frequência, é possível que a saúde esteja em risco. De qualquer forma, o mal estar já é mais do que suficiente para tomar providências.
Aviso aos navegantes
É importante lembrar, no entanto, que alimentos inofensivos também colaboram para as intoxicações. Sopas prontas, latas de conservas, sucos não integrais (especialmente os classificados como “néctares”), embutidos e até mesmo produtos “diet” e “light” podem conter altos teores de sódios, açúcares, conservantes, etc.
O resultado: inflamação celular, queda na imunidade, cansaço, falta de concentração, aumento do peso, olheiras e pele opaca e amarelada.
No médio e longo prazo, podem surgir complicações: alterações da pressão arterial, cefaleias crônicas, alterações do funcionamento dos rins e do fígado.
Os corpos de todos os animais vêm sendo programados, há milênios, para eliminar toxinas através do suor, da urina e das fezes. O acúmulo, no entanto, prejudica o funcionamento.
Portanto, sempre que possível, dê preferência a alimentos in natura, beba muita água durante o dia inteiro, evite o consumo exagerado de refrigerantes e siga o conselho da milenar medicina tradicional chinesa: “quanto mais colorido for o prato, mais saudável e nutritivo ele será”.
Outro ponto importante: a agricultura brasileira abusa dos defensivos agrícolas – e a legislação do país não dá muita atenção a este ponto. Por isto, mesmo para a inclusão de frutas, verduras e legumes na dieta, é necessário cuidado com a higienização. Muitos destes agrotóxicos se acumulam em nosso organismo e podem gerar enfermidades sérias.
Nas refeições
O arroz integral é rico em fibras insolúveis (estas estruturas vegetais são, na maior parte, eliminadas no processo de refinamento do grão), propriedade que melhora o funcionamento dos intestinos. Sem prisão de ventre, as toxinas são eliminadas mais rapidamente, facilitando o trânsito gastrointestinal.
Acrescido de outros grãos integrais (aveia, centeio, linhaça, quinoa, gergelim, trigo, etc.), o arroz oferece integral oferece uma série de nutrientes sem elevar o consumo de calorias.
Folhas verde-escuro
Rúcula, almeirão, agrião, couve e espinafre são boas auxiliares no emagrecimento e na manutenção do peso ideal. Estas folhas têm poucas calorias e muitos nutrientes, entre minerais e vitaminas.
Um pires de salada no almoço e no jantar ajudam a normalizar o trânsito intestinal e a normalizar a flora bacteriana. Para variar, é possível optar por couve-de-bruxelas, brócolis, mostarda, folhas de beterraba e rúcula.
Frutas
O abacaxi tem propriedades diuréticas (combate, portanto, a retenção de líquidos), ajuda a desobstruir o fígado e facilita a digestão – especialmente a de gorduras. Em sucos, o abacaxi pode ser misturado com hortelã, água de coco, erva-cidreira, maçã, pera ou morango: todas estas bebidas têm propriedades desintoxicantes.
Basta bater os ingredientes do liquidificador e beber, preferencialmente ainda em jejum. Uma boa dica é incluir raspas de gengibre e cascas de limão, para conferir um potencial termogênico, útil também para o emagrecimento.
Outras frutas cítricas, como laranja, limão, morango e kiwi, também ajudam a eliminar as toxinas, gorduras e açúcares, que, em excesso, agridem especialmente o fígado e a mucosa gástrica. O bagaço da laranja é rico em fibras, ajudando a normalizar o fluxo intestinal. São várias opções, de vários sabores e níveis de acidez.
A maçã é rica em fibras solúveis, que absorvem parte do colesterol depositado nas artérias e também conferem sensação de saciedade por mais tempo, fato que evita os lanchinhos fora de hora. A fruta fortalece as funções do estômago, fígado, bexiga e rins, aumentando a eliminação do ácido úrico, um dos responsáveis pela retenção de líquidos.
A maçã também é rica em antioxidantes, que previnem contra o envelhecimento precoce e contribuem na eliminação de toxinas. Em 170 gramas da fruta, são ingeridas 81 calorias, mas este valor pode ser reduzida quando a maçã é cozida (sem açúcar).
Melão e melancia são pobres em calorias, mas ricos em nutrientes. O melão possui cálcio, potássio, vitaminas A, B e C, que conferem uma boa dose de energia. Já a melancia oferece potássio, magnésio, ferro, zinco, cálcio e vitamina C.
O teor de água das duas frutas mantém em equilíbrio a quantidade de líquidos do organismo, prevenindo ao mesmo tempo a retenção como as diarreias. Por outro lado, melão e melancia têm propriedades diuréticas, facilitando a eliminação de ácido úrico, ureia e amônia.
Doce vida
O mel pode substituir com vantagens quaisquer tipos de açúcares ou adoçantes. Além disto, ele possui ação antimicrobiana, ajudando a controlar a flora intestinal. Com isto, o produto se torna um bom amigo da digestão; rico em açúcares de lenta absorção, o mel é uma excelente fonte de energia, garantindo o bom humor mesmo nos dias em que a indisposição quer dar plantão em nosso organismo.